Quando um golpe expõe outro golpe
18 de julho de 2016
Fernando Rosa
No recente golpe frustrado na Turquia, juízes e procuradores foram destituídos de seus cargos e a maioria deles preso por “conspiração”. Segundo o governo, eles estariam envolvidos com o clérigo Fethullah Gulen, auto-exilado nos Estados Unidos e apontado como o promotor do golpe.
De acordo com o presidente da Turquia, o clérigo golpista, que vive nos Estados Unidos, está tentando criar uma “estrutura paralela” no judiciário e no exército para derrubar o Estado. As autoridades da Turquia ordenaram a prisão de 2.745 juízes e promotores, após a tentativa de golpe militar.
Este fato, que a mídia brasileira está tratando com a mais absoluta naturalidade, deveria despertar, pelo menos, a curiosidade sobre o assunto. Em nossa região, já sofremos dois golpes “judiciais-parlamentares”, com apoio da mídia – em Honduras e no Paraguai, e um terceiro está em curso no Brasil.
Em recente artigo, o blog O Cafezinho defendeu que “a relação entre a nossa PF, MP, Judiciário, e os EUA, tem de ser melhor apurada”. Segundo o blog, uma mensagem diplomática norte-americana, vazada pelo Wikileaks, contém citações sobre Sergio Moro, o Judiciário e a Polícia Federal.
O bilhete fala de um seminário de cooperação, realizado em outubro de 2009, com presença de membros da PF, Judiciário, Ministério Público, e autoridades norte-americanas, no Rio de Janeiro. No bilhete, as autoridades brasileiras, sabujamente, dizem “que não somos preparados e queremos aprender com eles”.
Diante disso, é de se perguntar o que um juiz brasileiro tem que fazer nos Estados Unidos, praticamente todo mês? Ou, ainda, quem, ou quais juízes brasileiros mantém tamanha intimidade com os Estados Unidos ou algum outro país? Isso tudo sem qualquer questionamento da mídia, de seus pares ou do STF. Assim como o golpe, soberania institucional não existe.
No embalo da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro, por exemplo, apenas nos últimos meses foi três vezes aos Estados Unidos – duas vezes em abril (nos dias 4 e 26) e uma em julho, que lembramos. O interessante dessas viagens é que, em geral, elas ocorrem pré ou pós momentos especiais das operações.
Aliás, a relação de amor do juiz Moro com os EUA e vice-versa não é de hoje, segundo o Wikipedia. “Moro também cursou o programa de instrução de advogados da Harvard Law School em 1998 e participou de programas de estudos sobre lavagem de dinheiro promovidos pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”, diz a enciclopédia virtual.
Então, para quem acha que tudo é “teoria da conspiração”, a tentativa frustrada de golpe de estado na Turquia pode reativar o velho ditado que diz que “onde há fumaça há fogo”. É preciso, sim, questionar as relações de agentes públicos brasileiros com os Estados Unidos – ainda mais quando relacionados com o golpe de estado.
De acordo com o presidente da Turquia, o clérigo golpista, que vive nos Estados Unidos, está tentando criar uma “estrutura paralela” no judiciário e no exército para derrubar o Estado. As autoridades da Turquia ordenaram a prisão de 2.745 juízes e promotores, após a tentativa de golpe militar.
Este fato, que a mídia brasileira está tratando com a mais absoluta naturalidade, deveria despertar, pelo menos, a curiosidade sobre o assunto. Em nossa região, já sofremos dois golpes “judiciais-parlamentares”, com apoio da mídia – em Honduras e no Paraguai, e um terceiro está em curso no Brasil.
Em recente artigo, o blog O Cafezinho defendeu que “a relação entre a nossa PF, MP, Judiciário, e os EUA, tem de ser melhor apurada”. Segundo o blog, uma mensagem diplomática norte-americana, vazada pelo Wikileaks, contém citações sobre Sergio Moro, o Judiciário e a Polícia Federal.
O bilhete fala de um seminário de cooperação, realizado em outubro de 2009, com presença de membros da PF, Judiciário, Ministério Público, e autoridades norte-americanas, no Rio de Janeiro. No bilhete, as autoridades brasileiras, sabujamente, dizem “que não somos preparados e queremos aprender com eles”.
Diante disso, é de se perguntar o que um juiz brasileiro tem que fazer nos Estados Unidos, praticamente todo mês? Ou, ainda, quem, ou quais juízes brasileiros mantém tamanha intimidade com os Estados Unidos ou algum outro país? Isso tudo sem qualquer questionamento da mídia, de seus pares ou do STF. Assim como o golpe, soberania institucional não existe.
No embalo da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro, por exemplo, apenas nos últimos meses foi três vezes aos Estados Unidos – duas vezes em abril (nos dias 4 e 26) e uma em julho, que lembramos. O interessante dessas viagens é que, em geral, elas ocorrem pré ou pós momentos especiais das operações.
Aliás, a relação de amor do juiz Moro com os EUA e vice-versa não é de hoje, segundo o Wikipedia. “Moro também cursou o programa de instrução de advogados da Harvard Law School em 1998 e participou de programas de estudos sobre lavagem de dinheiro promovidos pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”, diz a enciclopédia virtual.
Então, para quem acha que tudo é “teoria da conspiração”, a tentativa frustrada de golpe de estado na Turquia pode reativar o velho ditado que diz que “onde há fumaça há fogo”. É preciso, sim, questionar as relações de agentes públicos brasileiros com os Estados Unidos – ainda mais quando relacionados com o golpe de estado.

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0 comentários
anisioluiz2008
Republicou isso em O LADO ESCURO DA LUA.
Senhor X
Valeu.
Luiz Müller
Republicou isso em Luíz Müller Blog.
Senhor X
Valeu pela parceria.
Senhor X
Pois é, a Turquia expôs a nossa ainda – esperamos – frágil reação ao golpe.
GRAÇA VIEIRA
Se Dilma tivesse agido como agiu Erdogan, o golpe aqui também teria sedo abafado. Era só prender a bandidagem togada, fardada e fechar a pocilga que é o congresso nacional.
Senhor X
Pois é, a Turquia expôs a nossa ainda – esperamos – frágil reação ao golpe.
Ligia Valadares
Nossa reação é irmos dia 31/julho em massa barrar o golpe no grito e na nossa união. Nosso país não pode deixar um bando de corruptos apoiado pelo UEA e caterva destruir nossa democracia e nosso povo. Avante brasileiros!